terça-feira, 28 de dezembro de 2010

MINHA TERRA NÃO É PÓ. MEU OURO É O BARRO, ONDE PISO ONDE PLANTO.

Por Gustavo Costa

Realmente falar de terra com o sentido de território, ou melhor, com o sentido de latifúndio é muito difícil, principalmente em Mato Grosso do Sul. Fato é que movimentos sociais tal como o MST e a questão dos territórios indígenas por aqui (MS) são criminalizados pela população de maneira assustadora, uma população que fascinada com o estilo de vida de fazendeiros, deixam de lado o sentimento de bondade e até de compreensão com os povos que lutam por um pedaço de terra na zona rural.
            Na verdade como disse em um texto anterior a música desperta sim potencialidades e não posso negar que aqui ela despertou e muitas! Ouvindo a música do grupo Brô Mc’s – Tupã – a frase do título deste texto saltou das caixas de som e me despertou todas essas questões: o sentido de terra para o indígena; a terra de quem na verdade não tem terra alguma; a terra improdutiva; as grandes - imensas – áreas de terra onde estão o agronegócio e a pecuária; e a terrinha do pequeno produtor.
            São assuntos muito instigantes, afinal Mato Grosso do Sul vive um período onde o agronegócio juntamente com a figura do latifúndio além de destruir o meio ambiente lindo do nosso cerrado ele também esta conseguindo destruir e cometer uma das maiores catástrofes da história com os povos Guarani/Kaiowá. Essa cena lamentável que falo esta acontecendo no município de Paranhos, sul do estado com o tekohá Ypoí. Uma espécie de seqüestro dos indígenas nessa região. Noticias como essa podemos acompanhar em sites de organizações que lutam a favor dos direitos dos povos indígenas como o CIMI: http://cimi.org.br/
Palavras de Egon Heck sintetizam o que eu falo por aqui:
“O agronegócio vai de vento em popa em Mato Grosso do Sul. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) garante o pé no acelerador. As máquinas se reproduzem rapidamente e são cada vez mais potentes e eficientes. Enormes estruturas de ferro e cimento brotam do chão vermelho e em pouco tempo vão cuspindo fumaça, símbolo do progresso. O etanol jorra como o bom vinho nas festas de núpcias do governo estadual e federal. As toneladas de venenos matam sem piedade todas as ervas indesejadas e as múltiplas formas de vida e microorganismos do solo. Parte dele talvez alcance o Aqüífero Guarani, no ventre da mãe terra. Pequenas resistências e vozes incômodas, como a dos indígenas, quilombolas, sem terra e ambientalistas, entre outros, vão aos poucos sendo silenciadas pelo ronco das máquinas ou o silêncio bem pago.” (http://cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5218&eid=352 )

            Bom é com as palavras de Egon que encerro os textos deste ano aqui no blog. Palavras que a cada leitura, a cada texto só nos dão mais força e mais vontade de lutar pela causa indígena!  

domingo, 26 de dezembro de 2010

POESIA NORDESTINA!

Segue ae as poucas palavras de grande efeito da poeta Jambo da PB:

"Eu sou cobra criada na caatinga"
Já conheço as tocas do caminho
Meu alforge é carregado de oração
Aprendi a ser valente com Lampião
Mas a minha arma de fogo é a fé
Acredito em Jesus de Nazaré
E na força do povo do sertão

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O ANO QUE VEM OU OS ANOS QUE VIRÃO?

Por Gustavo Costa

“Seguir os nossos trilhos, ser feliz ter vários filhos, um quintal com mini-ramp e umas plantinhas pra cuidar” (FORFUN, Costa Verde, 2005)
Há pouco tempo comecei a deixar de fazer promessas meio incabíveis e a parar com o lance de fazer planos e alcançar algumas metas materiais e algumas imateriais também. Me apeguei a uma filosofia, se é que posso chamá-la assim, chamada de “filosofia do desinteresse” onde o ideal seria: “por não fazer questão é que vai conseguir...” E consegui muita coisa legal nesse ideal, parece meio maluco mas achei bacana viver uma vida mais contemplativa porém critica. Enfim, todo mundo no fim de ano enchendo a dita alma de bondade e tal, o que é lindo, e se prometendo varias coisas para o próximo ano. Acredito que se ao invés de “o ano que vem” pensássemos “os anos que virão” ou se todos os dias fizéssemos do que prometemos no fim de ano uma espécie de mantra no dia-a-dia a vida seguiria em um ritmo mais “natural”, sem stress, mais alegria, mais vida!  
            Também o fim de ano se torna um momento reflexivo aos mortais, momento de pensar no próximo, pensar no irmão, pelos menos falo da maioria da galera, olha ai que benção, já imaginou uma vida toda assim? Mas o fim de dezembro também nos faz ou quase nos obriga a fazer os tais planos que disse pouco antes, e é aqui que a frase da música do ForFun entra, “Seguir os nossos trilhos, ser feliz ter vários filhos...” olha só que plano maneiro, uma meta a se alcançar, né não? E com isso fecho aqui que planos e metas não são de todo ruim, porém continuo na defesa da minha filosofia, não vamos ficar frustrados se algumas dessas metas não derem certo, acredito que assim a vida segue mais tranqüila.
Bom, ótimas festas, um final de 2010 e um 2011 repleto de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e tantas outras coisas boas para todos nós!
VIDA NOS TRAGA VIDA!”

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A ARTE OU O VICIO DO TABAGISMO? UMA VISÃO DO USO DE TABACO NAS SOCIEDADES INDÍGENAS

Por Gustavo Costa

            Sabe-se que o uso do tabaco era sinônimo de ostentação pelos europeus e demais pessoas elitizadas, que descobriram o seu uso nas Américas com as tribos indígenas no século XVI. O tabaco era usado em rituais religiosos onde os povos nativos procuravam estabelecer contato com o sagrado e até curar enfermidades. De fato o tabagismo nas sociedades indígenas era puramente arte, aspecto da cultura e da tradição. Com certeza os grandes expedicionários e viajantes que chegavam ao Novo Mundo achavam mágico o hábito não só do uso da Nicotina tabacus, mas também da dança e todo o universo que envolvia o mundo indígena como, por exemplo, Cabeza de Vaca, Ulrich Shimidel ou até Cristóvão Colombo. E através destes viajantes, segundo relatos dos mesmos que o seu uso difundiu-se para a Ásia e para África, tendo em conta que no continente africano o uso da erva para a “defumação” era usada pelos Zulus e por muitas outras tribos do imenso continente. Onde faziam uso, por exemplo, da Jurema preta nos rituais do Catimbó, que ao vir para a América do Sul com escravos incorporou o uso do tabaco.
            Nos rituais indígenas o seu uso era com um único objetivo: de purificar o ambiente e se livrar de inimigos do corpo e da alma. A arte de fumar que se mistura com religião para os índios se torna no inicio do século XVII uma economia para os espanhóis. Onde dentro das famosas reduções guarani no Paraguai colonial se cultivava o fumo e era negociado com demais povoados do vice-reinado do Peru. Em aproximadamente um século o tabaco se expandiu para outras terras. Dentro deste contexto percebemos uma das milhares influências indígenas no cotidiano, hoje de todo o globo terrestre. Quando expedicionários levaram o fumo para a Europa o seu uso de principio foi criminalizado pela Igreja, que alegava ser coisa do demônio soltar fumaça pelo nariz e pela boca, assim como também no Brasil a erva mate foi criminalizada pelos jesuítas. Curiosidades a parte e dada a vastidão do tema apresentado discutiremos aqui o tamanho do prazer e contemplação que o cigarro representa para o homem e que tamanha é a socialização que o fumo pode proporcionar aos humanóides. Malinowski em sua fantástica obra “Argonautas do pacífico ocidental” descreve que fez amizades com os nativos através do tabaco, e esse é só um dos exemplos de socialização que o tabaco fez acontecer. E também é um forte referencial para pensarmos até onde chegou a arte dos índios. 
            Indígenas do tronco tupi-guarani usavam o tabaco de vários modos desde mascado, em pó e fumado. Fumar era o hábito restringido aos xamãs, os rezadores e por isso o uso era limitado para assim saberem qual era o melhor momento para a caça e para a colheita. Considerando toda a breve história do tabagismo, concluímos se assim pode dizer que a sabedoria indígena é divina, onde a arte ou até a religiosidade de fumar o tabaco não se confunde com o dito vicio da população atual, com seus sentidos muitas vezes sem sentido.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Visões sobre educação, esperança e realidade no contexto brasileiro

Por: Rafaela Delfina dos Santos de Souza


Hoje, estava eu mais uma colega do curso de letras fazendo um trabalho no laboratório de história da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), onde os cursos de licenciaturas dessa instituição têm algumas aulas ministradas em conjunto, o chamado eixo temático. Foi quando, não me lembro de onde, ela comentou sobre aquele quadro de reportagem da globo chamado “ Profissão Repórter ”.
O programa abordou sobre o cotidiano dos professores(as), dos traumas que eles sofrem. Logo ela começou a questionar se era aquilo mesmo que queria, se aguentaria tudo aquilo. Pois bem! Com toda a minha indagação interrompi, afinal temos que pensar diferentes, sabemos que não é fácil aguentar uma sala com mais de 30 alunos, alguns rebeldes por conseqüências que remetem à sua trajetória de vida, e que alguns apenas vão a escola para se alimentar, pois o Estado não cumpre de maneira eficaz com essa obrigação. Porém, espelham-se nos seus queridos professores (as) “chatos (as)”, e que por mais que eles se mostrem resistência no ato de aprender, os “pequenos pentelhos” (a maioria, meninas) pensam em serem professores (as), talvez porque eles queiram ensinar também. Pois em minha convicção não há nada mais belo do que mediar o processo do ensino aprendizado de uma forma horizontal, sempre respeitando o saber do aluno.
Quando era adolescente, pensava em ser qualquer coisa menos professora. Via os professores e professoras lecionando e pensava que não queria ficar “passando raiva”. Porém, conforme o tempo passou e com ele veio o amadurecimento pessoal, comecei a ver, o quanto é lindo você ensinar aquilo que sabe a alguém. Ver que o docente gosta de seus educandos (as), ao ponto de abraçar, dar um bom dia, feliz da vida (mesmo sabendo que esses estão com sono, ou que não querem estar presente na sala). Mas a figura do professor(a) está ali, querendo fazer com que ele não tire apenas boas notas e decorem, mas que eles saiam das classes com ideias que possam mudar seus hábitos, pensamentos, valores e costumes. Assim, com a presença carismática do professor(a), o aluno não só se espelha nele, mas também se emociona e se empolga com suas descobertas pessoais, tornando possível chegar em casa e falar “ mãe o professor fulano me EXPLICOU a História do Brasil”, sem a rotina de se utilizar de modo exaustivo, lousa ou livros didáticos, mas apenas o que se sabe, e explicar de um jeito que eles entendam, dando mais valor ao diálogo e à valorização do saber que o aluno traz de fora da escola, pois o ensinar não se faz  apenas nos bancos escolares, nem tampouco o saber é construído com regras metódicas. Pelo contrário, o ensinar também tem um aspecto cognitivo e está intrinsecamente relacionado às experiências de vida do sujeito, na medida em que o saber é construído pela descoberta resultante da curiosidade do aluno, curiosidade essa que deve ser estimulada pelo professor(a).
O professor (a) constrói o aluno e se você, futuro professor ou professora, for mais um que compõe o quadro dos profissionais acomodados com a situação, achando que não há jeito para a sociedade, e por consequência chegam em sala e mal dão um bom dia, enchendo a lousa de conteúdos que na visão do aluno são sem sentido, pois há falta de curiosidade, ou falta de relação entre o conteúdo e a realidade do sujeito, ou em termos mais populares, “enchendo  lingüiça”, não exija um aluno excelente e ideal, e sim alguém que daqui a dois anos não irá fazer diferença. Assim, você vai continuar com o seu método de ensino clichê, repetitivo? É meus caros, vamos fazer a diferença, ou pelo menos tentar, pois se o futuro do país e do mundo está nos bancos escolares. Eis uma grande contradição de nossa contemporaneidade, e essa pergunta, faço para minha querida colega de curso, à qual me referi no começo dessa descrição: Como falar em um mundo melhor, onde a solução estaria na educação, mas não valorizamos a profissão do docente, nem cobramos dos órgãos responsáveis tal atitude?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CHICO SCIENCE E O REGIONALISMO

Por Gustavo Costa
Quem é que ouve Chico Science & Nação Zumbi e não se encanta com a poesia pernambucana, a poesia que nos trás a imagem do manguezal como um símbolo de afirmação e resistência dos pernambucanos. O movimento Mangue Beat acompanhado pelo Manifesto dos Caranguejos com Cérebros veio como uma porrada na cara da indústria musical, ou seja, um som regado de regionalismo, misturando Maracatu, Groove com elementos do Rock e Hip-Hop, mostrando e afirmando que a grande Recife tinha algo a passar ao mundo. “Recife cidade do mangue onde a lama é a insurreição, onde estão os homens caranguejos?...” (Chico Science, Antene-se, 1994).
A poesia regional do grande Chico nos trás a idéia de que não damos a devida importância onde realmente estamos, onde nascemos e onde nossos valores e tradições estão enraizadas, principalmente no Mato Grosso do Sul, onde me encontro. Não falo de maracatu ou do próprio movimento mangue beat como uma verdadeira produção cultural brasileira, pelo fato de que não existe cultura pura e a agregação de valores de culturas para culturas é algo natural. Mas falo como afirmação de um regionalismo, um manifesto onde as letras seriam o que o pernambucano ou o nordestino fala no seu dia-a-dia, dialeto que podemos encontrar em grandes obras de gênios da literatura como Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, que particularmente acho divino. Um manifesto que fez eco em filmes nacionais expondo ao mundo a riqueza de nosso nordeste, um nordeste em que não existem só belas praias e lugares exóticos mais sim onde pessoas lutam pela vida digna e com seus valores e tradições sempre acesos em sua alma. Um olhar crítico lançado sobre as desigualdades que acontece até os dias de hoje com o povo dos grandes sertões.
Digno é a atitude que os gênios da Manguetown se propuseram a fazer, dizendo ao mundo que em Pernambuco existe um movimento onde a tradição se mistura com a dita globalização. E neste contexto não me ateio a dizer só sobre Chico e Nação Zumbi, mas a todas as manifestações musicais, conseqüentemente culturais que aconteceram em Pernambuco com bandas como Mundo Livre S/A, Mestre Ambrósio, Cordel do Fogo Encantado, Arrastamangue e tantas outras que compõem a cena do Mangue.

Algumas Referências:
MENDONÇA, Luciana F. M. (2004), Do mangue para o mundo: o local e o global na produção e recepção da música popular brasileira (Tese de Doutoramento). Campinas: Unicamp.  
MENDONÇA, Luciana F. M, (2007), Música pop(ular), diversidade e identidades: o manguebeat e outras histórias. Oficina do CES nº 275.
PICCHI, Bruno, Uma Geografia do Mangue: Movimento Manguebit, Josué de Castro e Neoregionalismo.  
Alguns Discos:
CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI, Da lama ao Caos, Chaos/Sony Music (1994).
CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI, Afrociberdelia, Chaos/Sony Music (1996).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E O OSCAR VAI PARA...

Por Hélio Maciel

Categoria: Cinema


Guerra ao Terror. Mas não o Oscar de efeitos visuais, melhor filme, ou melhor ator. Mas sim o Oscar da desonestidade, o Oscar da manipulação. Não que eu não tenha gostado do filme, para falar a verdade o achei ótimo, belíssimo roteiro e efeitos visuais. Mas não, não merecia seis estatuetas de ouro. Ainda mais quando outro filme, dirigido e produzido por um gigante chamado Joe Cameron intitulado Avatar abalou as bilheterias de todo o mundo com cenas inacreditáveis e uma história divertida e chocante. A razão? Reside no simples fato de que é ainda é visível a tentativa do governo norte-americano de justificar suas ações pelo mundo afora, utilizando sua mais poderosa arma de formação de opinião em massa: Hollywood
E qual seria o motivo de não atribuirmos o caráter de antagonismo para os dois filmes, para tentarmos entender as razões pelas quais Avatar não rendeu tantas estatuetas como esperado? Primeiro, Avatar se configura em um filme que apresenta uma visão do colonialismo, da desapropriação violenta por meio das armas, uma atitude parecida com aquela que os portugueses do século XVI realizaram nas Américas. Colonizar povos não “civilizados” para depois se apropriar das riquezas de suas terras sem ter que lhes pagar absolutamente nada. Por outro lado, Guerra ao Terror apresenta uma visão heróica do povo norte-americano, o soldado valente, engraçado, um dos aspectos que formam o sonho norte-americano.

E claro, como eles querem, sem ter nenhuma crítica quanto às atitudes errôneas e imperialistas desse governo. Segundo, Avatar é um daqueles filmes que qualquer professor vai querer elaborar projetos para debates sobre como é a busca humana pelo lucro, se apoiando em pensamentos que não correspondem com a verdade sobre outros povos. Guerra ao Terror, como podemos ver, apenas reproduz o rótulo já batido e criticado sobre o terror. Afinal, quem está fazendo o terror? Os povos do oriente médio, ou os EUA com suas manobras cada vez mais duvidosas? Esses dias atrás vi uma matéria em um blog de cinema, que falava sobre Avatar bem assim: “Hollywood conspira ao nosso favor.” Desculpe meu amigo, mas não conspira não... E o Oscar é uma bela prova disso. O boicote contra quaisquer visões criticas que podem construir questionamentos contra os governos são uma prática comum. Minha sugestão? Assistam Avatar, mas antes de assistirem Guerra ao Terror (que é um filme imperdível), assistam Zona Verde, com Matt Damon, pois esse sim é um grande filme com a mesma temática de Guerra ao Terror, mas com uma imensa pitada de critica ao governo dos Estados Unidos e suas tentativas de justificar seus erros.


domingo, 28 de novembro de 2010

Na busca de ouvir oque a galera ta pensando sobre toda essa cena triste e lamentável que acontece no RJ, achei o meu amigo de graduação Beethoven Nogueira que deu o papo sobre a conversa, vamo vê ae!

SE DEUS É BRASILEIRO, POR QUE ELE NÃO OLHA PELO POVO QUE SOFRE NO MORRO, SERÁ QUE ELE ESTÁ PROVANDO ESTÁ RAÇA ? OU ESQUECEU DOS GUERREIROS DA CIDADE MARAVILHOSA?


O assunto é sério mesmo, é a Guerrilha do Tráfico do Rio de Janeiro. Que é a ilustração mais fidedigna da Babilônia em chamas que o mundo capital-imperialista filho desta globalização partidária, da indiferença social, do materialismo “luciferiano” e da supremacia do individualismo criou:
Policiais mal treinados que ganham por volta 900 reais, e passam fome tanto quanto qualquer um no qual é coagido a matar, tornando-se gratuitamente um Judas vazio e sem ética, maquina de frustração;
Eles abusam de sua autoridade e sobem o morro, com o desejo de matar do mesmo personagem que infecta os quartos nos pôsteres colados nas paredes das casas dos garotos brancos da Zona Sul, o assassino dos cinemas que sai da tela com o nome de Capitão Nascimento;
 O trajeto de um Capitão Nascimento é marcado pela pólvora, que é derrubada sem sentido de suas armas que almejam a morte de seres humanos em uma selva luxuriosa, que estampa a idealização da morte como solução do fim de um problema que este enraizado na formação desta sociedade que monopoliza o poder nas mãos de meia dúzia de caucasianos sedentos por manipular peões e desqualificar os carentes.
 O filme projetou uma estratégia de Marketing que passou nos cinemas e na TV com a pretensão de preparar a população para uma chacina justificada, o que leva as vidas dos negros e pardos do Alemão embora com apoio da massa manipulada;
Porém, onde comportaram tantas vítimas inocentes e filhos das ruas, se não na mesma vala que os indigentes e prostitutas que foram mortos e espancados até a morte por outros compactuastes do sistema, que também são espectadores assíduos da TV e jornais  da Grande Babilônia que se formou.
As autoridades armaram mais um esquema onde a segregação social e a descriminação racial são levadas por uma cobertura apologética da imprensa que mata os pobres e os negros, e é sensacionalista com a coragem dos homens de farda que pregam a morte em um totem sagrado. Estes sairão da ficção, para mostrar o Nazismo e Fascismo mais uma vez na forma de um carismático paladino protetor da moral e justiça. Uma sociedade que pavimentou com sangue a construção de um de uma sociedade que não se buscará mais drogas na favela, que foi destruída. Ao invés disso agora os egoístas que alimentaram este sistema e maltratam com o seu preconceito os fornecedores  do que era demanda deles mesmo, e agora eles se omitem da responsabilidade como se não tivessem culpa no caso. Enganaram todo mundo com uma gravata florida, tanto na morte de inocentes, ou traindo os seus próprios laranjas que nada seriam mais do que bodes expiatório dos verdadeiros grandes traficantes, financiadores do caos. Isso porque não querem legalizar o que lhes é muito mais lucrativo na ilegalidade.
As drogas que vinham do "coração do mal", assim chamado o morro do Alemão pela polícia, foi só uma fechada para passar o fornecimento de drogas para  a mão dos verdadeiros donos delas e de seu lucro de uma vez. A ação rendeu cartaz a polícia e dinheiro aos corrompidos meios midiáticos.
A polícia e a política criaram os morros, e agora querem aterrar ele com sangue, nivelando o terreno com choro das mães de família, e com o descaso com os inocentes.
Um farda-suja mal humorado e um homem de terno que destrói vidas atrás de uma mesa, somando com os esforços de uma imprensa homicida que temos aqui no Brasil, são as ferramentas perfeitas para qualificar um galho da arvore como raiz do problema.
Ônibus queimados e balas perdidas só fazem sofrer o proletariado sem alternativa, enquanto a TV e os jornais desviam a atenção do verdadeiro problema para um pequeno recorte da realidade, que foca na ação cinematográfica de um tiroteio, e a dramatização de uma ação sem razão que ceifa as vidas do povo pobre e moradores inocentes do morro.
A força da Zona Norte que resiste bravamente a descontração tardia e mal feita de um sistema criado espontaneamente pelos que agora estão destruindo-o a qualquer custo. E agora busca purificar dos miseráveis a cidade que vai receber jogos Olímpicos e a Copa do Mundo que mais uma vez vão deslumbrar e ludibriar a população amante do “Carnaval que dura o ano inteiro” que se dá nestes eventos. Alimentando a rotina de matar os pobres e viciados com tiros no escuro.
Os políticos não se manifestam, e só erguem a mão para apontar o ataque do exercito que foi recrutado e treinado para produzir tiroteios e terror nos que não tem culpa, e são vítimas dos ricochetes que se dão na guerra urbana. A favela morre, enquanto o caviar e o whisky são apreciados pelos generais “hitlerianos” e luxuosos que ostentam o poder e o sofrimento dos guerreiros que lutam contra o que eles criaram.
Com pretexto de virar paginas na história do Rio de Janeiro, os urubus de farda, idolatram suas armas negras e tanques brancos e seu êxito em deixar aterrorizadas as donas de casa e trabalhadores que estão embaixo das mesas esperando uma possível bala de um rifle, que ou foi financiado pelo tráfico que as crianças sem incentivo seguram, ou a bala do governo, do soldado raso que se orgulha de sua patente, e motiva uma chacina dos que não tem culpa de onde se encontram.
Concluo coma observação, de que alguns derramam o sangue dos que os maltrataram desde antes de seu nascimento, lhes enfiaram em um inferno e só propiciando uma vida sem perspectiva, que promovem banditismo por necessidade ou por pura maldade. Outros são cúmplices do Infanticídio, das famílias desestruturadas, dos que morrem de fome, das prostitutas sem opção e intregam-se a hipocrisia e demagogia em frente a uma câmera que trabalha a serviço de um político sujo que constrói esta realidade cruel.

Beethoven Nogueira graduando do 2º semestre do curso de História pela UCDB.

Eu vejo na televisão a tropa invadindo o complexo do Alemão...

Realmente e infelizmente Ponto de Equilíbrio já dizia.
A guerra contra o tráfico vai acabar com o tráfico ou mudá-lo de lugar? Essa questão é uma das milhares que acredito que estão na cabeça dos seres pensantes, não compactuantes com o senso-comum. Por um lado me pego pensando que esse ato das forças armadas junto com o batalhão especial da policia é algo bom para as comunidades. Mas alguém de fato sabe o porque disso tudo? o porque dessa guerra civil? É o que a tv não fala. Será que se o Brasil não fosse sediar a Copa do Mundo essa operação contra o tráfico teria começado? E as milícias pós invasão da PM ?
Minha intenção não é plantar duvidas na cabeça de ninguém, mas sim entende-las.
Sociólogos já se pronunciaram e acredito que é essencial ouvirmos essas pessoas ligadas à produção do conhecimento. Como também é de importância ouvirmos quem mora no RJ e principalmente quem mora nas favelas invadidas.
Me espanta quem acha que a policia tem que mandar bala nas favelas e nos traficantes, pô todo mundo é bandido la em cima? E violência se resolve com violência?
Vamos se liga e pensar mais na galera honesta e nos trabalhadores que estão lá nos complexos no meio de uma guerra civil!


Só mais uma pergunta: Globo, Record, Band, toda a comunicação em massa o favelado não fala?

dança universal, dança indígena, rituais, músicas: coisa do coração e da alma!

Tive o privilégio nesse ano de 2010 ter um maior contato com indígenas e mais precisamente com os Kaiowá Guarani. A dança indígena sempre me fascinou bastante, claro que essa fascinação acontecia devido aos estereótipos mostrados na tv. Mas estereótipo ou não o ritual que envolve a dança e a música indígena é divino, coisa Dele!
Com toda essa aproximação os campos de conhecimento se expandem e naturalmente você tem o contato com materiais produzidos tanto por pesquisadores como por indígenas.
Em eventos como o Vídeo Índio Brasil me ocorreu a oportunidade de conhecer o Brô Mc's grupo de Rap dos indígenas da aldeia Jaguapiru Boróró (Guarani/Kaiowá) de Dourados. Eles misturam letras em português e guarani junto com a base do hip-hop, digno o som dos muleques! Nesse mesmo evento rolou uma dança tradicional e também tive a honra de participar de uma oração.

No mês de Outubro fiz uma viajem para Caarapó e fui até a aldeia Te'iykuê dos Guarani Kaiowá. E por la conheci a escola de ensino fundamental Ñandejara e assisti a uma apresentação da orquestra de violões da Aldeia Te'iykuê. Cara era de arrepiar, muito bom, muy digno hermano!

Falando em hermanos os Guarani da Argentina, não me recordo o nome do tekohá, mas eles incorporaram na música tradicional o violino e o violão. Ficou demais também, nos próximas conversas eu coloco o nome da aldeia e tento colocar o vídeo.
Enfim a dança seja ela de quem for, independente da etnia, da cultura ela transborda identidade e a música além de identidade desperta em nós potencialidades. Repito: coisa do coração!     

sábado, 27 de novembro de 2010

AI-5 Decreto do governo repressor de 68!

Segue ai o decreto que colocou em prática atos como a censura e a liberdade vigiada dos brasileiros no período da ditadura militar (1964 - 1985) ou no período do Movimento Revolucionário Brasileiro (HAHA) como eles mesmos diziam:










ATO INSTITUCIONAL Nº 5, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1968
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e
CONSIDERANDO que a Revolução Brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, "os. meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa pátria" (Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964);
CONSIDERANDO que o Governo da República, responsável pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas, não só não pode permitir que pessoas ou grupos anti-revolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato Institucional nº 2, afirmou, categoricamente, que "não se disse que a Revolução foi, mas que é e continuará" e, portanto, o processo revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;
CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);
CONSIDERANDO, no entanto, que atos nitidamente subversivos, oriundos dos mais distintos setores políticos e culturais, comprovam que os instrumentos jurídicos, que a Revolução vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa, desenvolvimento e bem-estar de seu povo, estão servindo de meios para combatê-la e destruí-la;
CONSIDERANDO que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade, o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra revolucionária;
CONSIDERANDO que todos esses fatos perturbadores da ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e juraram defendê-lo, a adotarem as providências necessárias, que evitem sua destruição,
Resolve editar o seguinte
ATO INSTITUCIONAL
Art. 1º - São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições estaduais, com as modificações constantes deste Ato Institucional.
Art. 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
§ 2º - Durante o período de recesso, os Senadores, os Deputados federais, estaduais e os Vereadores só perceberão a parte fixa de seus subsídios.
§ 3º - Em caso de recesso da Câmara Municipal, a fiscalização financeira e orçamentária dos Municípios que não possuam Tribunal de Contas, será exercida pelo do respectivo Estado, estendendo sua ação às funções de auditoria, julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.
Art. 3º - O Presidente da República, no interesse nacional, poderá decretar a intervenção nos Estados e Municípios, sem as limitações previstas na Constituição.
Parágrafo único - Os interventores nos Estados e Municípios serão nomeados pelo Presidente da República e exercerão todas as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos Governadores ou Prefeitos, e gozarão das prerrogativas, vencimentos e vantagens fixados em lei.
Art. 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.
Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado,
§ 1º - O ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
§ 2º - As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.
Art. 6º - Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, mamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º - O Presidente da República poderá mediante decreto, demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade quaisquer titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregado de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço.
§ 2º - O disposto neste artigo e seu § 1º aplica-se, também, nos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.
Art. 7º - O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.
Art. 8º - O Presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens, far-se-á sua restituição.
Art. 9º - O Presidente da República poderá baixar Atos Complementares para a execução deste Ato Institucional, bem como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas previstas nas alíneas d e e do § 2º do art. 152 da Constituição.
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Art. 12 - O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 13 de dezembro de 1968; 147º da Independência e 80º da República.
A. COSTA E SILVA
Luís Antônio da Gama e Silva
Augusto Hamann Rademaker Grünewald
Aurélio de Lyra Tavares
José de Magalhães Pinto
Antônio Delfim Netto
Mário David Andreazza
Ivo Arzua Pereira
Tarso Dutra
Jarbas G. Passarinho
Márcio de Souza e Mello
Leonel Miranda
José Costa Cavalcanti
Edmundo de Macedo Soares
Hélio Beltrão
Afonso A. Lima
Carlos F. de Simas




No ano de 1978 o AI-5 foi "extinto", a liberdade de imprensa volta mas a ditadura da imagem e a manipulação midiática continuam até hoje!

ACORDA BRASIL!

sábado, 6 de novembro de 2010

Mais uma Demarcação! TEKOHÁ SUCURI'Y - GUARANI/KAIOWÁ - MARACAJU - MS - BRASIL!

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) acatou os argumentos do Ministério Público Federal (MPF) e rejeitou recurso que visava a reocupação da TI Sucury'i, já demarcada e homologada pelo Governo Federal em 1996. Os antigos proprietários e o Município de Maracaju ajuizaram apelação contra a decisão de 1ª instância, que, de forma inédita, determinou que os 235 indígenas da etnia guarani-kaiowá ocupassem área, que fica em Maracaju, sul do estado, e tem 535 hectares.


A decisão foi tomada em caráter conclusivo pela 3ª Turma do TRF-3, que seguiu o voto da relatora do processo, desembargadora federal Vesna Kolmar. A decisão foi publicada em 22 de outubro. O Tribunal confirmou decisão da Justiça Federal de Dourados, que em 2007 atendeu pedido do MPF para que não mais os índios esperassem fora da terra até o final do processo judicial - como de praxe - mas que os proprietários o fizessem.
Localizada no Município de Maracaju, a Terra Indígena Sucuri´y foi identificada e delimitada na década de 90. A portaria declaratória foi assinada pelo então ministro da Justiça Nelson Jobim, em maio de 1996. Os indígenas se indignavam com o fato de que a TI Sucuri´y fora homologada pelo presidente da República e, mesmo assim, continuavam a esperar o desfecho da causa. Desde então, peregrinaram por vários órgãos públicos, a fim de viabilizar a entrada definitiva na terra.
Em 1997, para tentar acelerar o processo, os índios ocuparam parte da área reivindicada. Em 8 de agosto daquele ano, houve audiência conciliatória na Justiça, com a presença do MPF, da qual resultou acordo entre os índios e os proprietários. Ficou acertado que os Kaiowá permaneceriam numa área de 64 hectares "até o trânsito em julgado da sentença". A situação só foi definida com a decisão inédita da Justiça Federal, em 2007,confirmada agora pelo TRF-3.

MAIS INFORMAÇÕES ?

domingo, 31 de outubro de 2010

Aldeia Te'yí Kuê - Guarani/Kaiowá - Caarapó - MS - Brasil!

Ta ae a galera na hora do intervalo na escola Ñandejara Polo que fica na Aldeia Te'yí Kuê.
Nessa reserva vivem aproximadamente 5.000 indígenas das etnias Guarani e Kaiowá. A alegria dessas crianças é algo extremamente contagioso e satisfatório, lógico que dentro da aldeia existem vários fatores preocupantes mas agora com nova administração governamental é hora de buscar e lutar pelos direitos naturais.
O NEPPI (Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas) desenvolve vários programas e projetos dentro da Aldeia Te'yí Kuê buscando uma melhoria de vida para os indígenas.
Segue o site do NEPPI: www.neppi.org/
Vale a pena conhecer o trabalho do NEPPI e os projetos de pesquisas que eles desenvolvem!

Depois eu posto mais fotos que tirei na Te'yí Kuê!




13! GANHAMOS! AGORA NOS RESTA COBRAR QUESTÕES COMO REFORMA AGRÁRIA PARA OS TRABALHADORES RURAIS E PARA OS INDÍGENAS!
mas isso é papo para uma outra hora!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SALVE O RIO XINGU!

A luta pelos direitos dos indígenas esta cada vez mais dificil e cada vez mais intolerável. E agora em plena politica rolando no país é a hora de cobrar!

A guerra da vez que da pra geral dar um apoio é a petição que ta rolando na internet para a não construção da hidrelétrica Belo Monte, ou melhor Belo Monstro - HAHA- Essa usina ameaça a vida de vários povos indígenas no Parque do Xingu e sem falar da destruição ecológica!

Bom, para ajudar segue o link:
http://migre.me/1LCJI


Mas pra frente varias outras indignações e tudo e tal!