quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SEMPRE EM BUSCA DE MEU SUPERIOR

Por Gustavo Costa
“Aqui ou acolá ‘to’ em busca de JAH!
Na paz que Cristo me dá jamais vou fraquejar!
Tupã, Buda, Shiva ou JAH, é a mensagem do bem que devemos sintonizar!
Sempre exaltarei e teu nome louvarei, Cristo Jesus tua mensagem sintonizarei!”

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

QUE TAL UM POUCO MAIS DE DEMOCRACIA? O SOCIALISMO VERDE E A PERMACULTURA

Por Gustavo Costa
Qual o problema de viver em uma sociedade que todos os sujeitos passem a ter um pouco de dignidade? O problema é contrariar grandes corporações, o problema é tirar o muito da minoria e dar um pouco mais pra maioria. O sistema tem que ser democrático, mas não a Democracia no sentido capitalista. O mundo necessita da Democracia isso é fato, mas como falar em democracia em um sistema neoliberal? É por essas e outras que “revoluções” como o MST ou até revoluções mentais que acontecem dentro das Academias são atacadas por todas as partes e muitas delas não sobrevivem. Um sistema que preza o excesso e para a divulgação desta “cultura” usam todos os veículos de comunicação, é fato, não precisa nem refletir muito que você já percebe o porquê que essas revoluções/manifestações políticas, sociais, ambientais, etc. não resistem. Não quero que essa conversa fique vermelha, por isso vamos por um lado mais verde dissertando sobre um mundo sustentável e um pouco sobre Permacultura (cultura permanente).
Além de se ter um mundo democrático é extremamente necessário pensarmos em alguma forma sustentável de viver nesse mundo democrático. É exatamente aqui que a idéia socialista ortodoxa cai, ou seja, os ideais igualitários. Já imaginou todas as pessoas com um carro? Pois então leia Leonardo Boff; Nesta forma sustentável de viver no planeta entra a “permacultura”, um movimento considerado também utópico por muitos, porém com iniciativas concretas que estão ai para todos verem. Sem utopia não existe ação e a mudança acontece a partir da luta diária. O Ecossocialismo não esta dentro da Permacultura ditando idéias, ao contrário do que muitos pensam a Permacultura esta distante de ideais radicais até mesmo do Socialismo Verde – menos reacionário que o ortodoxo – e dentro de suas comunidades impera a democracia e um modo sustentável de vida. Claro que para alguns essas comunidades tem sim o aspecto do socialismo e uma imagem utópica, porém não digo que com a Permacultura desmantelaríamos o estágio avançado do capitalismo no qual vivemos, mas seria um caminho a seguir. As bioconstruções como o banheiro seco, as casas sustentáveis, o teto verde e a preocupação ecológica é um grande passo que as comunidades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo deram. De certa forma seria a Permacultura um socialismo verde com uma aparência “hiponga”?
Rotular ou buscar o socialismo dentro das comunidades/sítios/casas de Permacultura é um equívoco, pois a democracia que tanto buscamos e desejamos não necessita da figura libertária do socialismo e sim da sustentabilidade e responsabilidade social. O novo tempo chega com um cunho ambientalista e também promovendo a democracia, pregando o anti-consumismo, anti-capital e realizando as bioconstruções, ou seja, o que o meio ambiente te oferece, o que o ecossistema da região te da, utilizando e realizando as construções ecológicas.

Alguns sites:

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

MINHA TERRA NÃO É PÓ. MEU OURO É O BARRO, ONDE PISO ONDE PLANTO.

Por Gustavo Costa

Realmente falar de terra com o sentido de território, ou melhor, com o sentido de latifúndio é muito difícil, principalmente em Mato Grosso do Sul. Fato é que movimentos sociais tal como o MST e a questão dos territórios indígenas por aqui (MS) são criminalizados pela população de maneira assustadora, uma população que fascinada com o estilo de vida de fazendeiros, deixam de lado o sentimento de bondade e até de compreensão com os povos que lutam por um pedaço de terra na zona rural.
            Na verdade como disse em um texto anterior a música desperta sim potencialidades e não posso negar que aqui ela despertou e muitas! Ouvindo a música do grupo Brô Mc’s – Tupã – a frase do título deste texto saltou das caixas de som e me despertou todas essas questões: o sentido de terra para o indígena; a terra de quem na verdade não tem terra alguma; a terra improdutiva; as grandes - imensas – áreas de terra onde estão o agronegócio e a pecuária; e a terrinha do pequeno produtor.
            São assuntos muito instigantes, afinal Mato Grosso do Sul vive um período onde o agronegócio juntamente com a figura do latifúndio além de destruir o meio ambiente lindo do nosso cerrado ele também esta conseguindo destruir e cometer uma das maiores catástrofes da história com os povos Guarani/Kaiowá. Essa cena lamentável que falo esta acontecendo no município de Paranhos, sul do estado com o tekohá Ypoí. Uma espécie de seqüestro dos indígenas nessa região. Noticias como essa podemos acompanhar em sites de organizações que lutam a favor dos direitos dos povos indígenas como o CIMI: http://cimi.org.br/
Palavras de Egon Heck sintetizam o que eu falo por aqui:
“O agronegócio vai de vento em popa em Mato Grosso do Sul. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) garante o pé no acelerador. As máquinas se reproduzem rapidamente e são cada vez mais potentes e eficientes. Enormes estruturas de ferro e cimento brotam do chão vermelho e em pouco tempo vão cuspindo fumaça, símbolo do progresso. O etanol jorra como o bom vinho nas festas de núpcias do governo estadual e federal. As toneladas de venenos matam sem piedade todas as ervas indesejadas e as múltiplas formas de vida e microorganismos do solo. Parte dele talvez alcance o Aqüífero Guarani, no ventre da mãe terra. Pequenas resistências e vozes incômodas, como a dos indígenas, quilombolas, sem terra e ambientalistas, entre outros, vão aos poucos sendo silenciadas pelo ronco das máquinas ou o silêncio bem pago.” (http://cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5218&eid=352 )

            Bom é com as palavras de Egon que encerro os textos deste ano aqui no blog. Palavras que a cada leitura, a cada texto só nos dão mais força e mais vontade de lutar pela causa indígena!  

domingo, 26 de dezembro de 2010

POESIA NORDESTINA!

Segue ae as poucas palavras de grande efeito da poeta Jambo da PB:

"Eu sou cobra criada na caatinga"
Já conheço as tocas do caminho
Meu alforge é carregado de oração
Aprendi a ser valente com Lampião
Mas a minha arma de fogo é a fé
Acredito em Jesus de Nazaré
E na força do povo do sertão

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O ANO QUE VEM OU OS ANOS QUE VIRÃO?

Por Gustavo Costa

“Seguir os nossos trilhos, ser feliz ter vários filhos, um quintal com mini-ramp e umas plantinhas pra cuidar” (FORFUN, Costa Verde, 2005)
Há pouco tempo comecei a deixar de fazer promessas meio incabíveis e a parar com o lance de fazer planos e alcançar algumas metas materiais e algumas imateriais também. Me apeguei a uma filosofia, se é que posso chamá-la assim, chamada de “filosofia do desinteresse” onde o ideal seria: “por não fazer questão é que vai conseguir...” E consegui muita coisa legal nesse ideal, parece meio maluco mas achei bacana viver uma vida mais contemplativa porém critica. Enfim, todo mundo no fim de ano enchendo a dita alma de bondade e tal, o que é lindo, e se prometendo varias coisas para o próximo ano. Acredito que se ao invés de “o ano que vem” pensássemos “os anos que virão” ou se todos os dias fizéssemos do que prometemos no fim de ano uma espécie de mantra no dia-a-dia a vida seguiria em um ritmo mais “natural”, sem stress, mais alegria, mais vida!  
            Também o fim de ano se torna um momento reflexivo aos mortais, momento de pensar no próximo, pensar no irmão, pelos menos falo da maioria da galera, olha ai que benção, já imaginou uma vida toda assim? Mas o fim de dezembro também nos faz ou quase nos obriga a fazer os tais planos que disse pouco antes, e é aqui que a frase da música do ForFun entra, “Seguir os nossos trilhos, ser feliz ter vários filhos...” olha só que plano maneiro, uma meta a se alcançar, né não? E com isso fecho aqui que planos e metas não são de todo ruim, porém continuo na defesa da minha filosofia, não vamos ficar frustrados se algumas dessas metas não derem certo, acredito que assim a vida segue mais tranqüila.
Bom, ótimas festas, um final de 2010 e um 2011 repleto de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e tantas outras coisas boas para todos nós!
VIDA NOS TRAGA VIDA!”

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A ARTE OU O VICIO DO TABAGISMO? UMA VISÃO DO USO DE TABACO NAS SOCIEDADES INDÍGENAS

Por Gustavo Costa

            Sabe-se que o uso do tabaco era sinônimo de ostentação pelos europeus e demais pessoas elitizadas, que descobriram o seu uso nas Américas com as tribos indígenas no século XVI. O tabaco era usado em rituais religiosos onde os povos nativos procuravam estabelecer contato com o sagrado e até curar enfermidades. De fato o tabagismo nas sociedades indígenas era puramente arte, aspecto da cultura e da tradição. Com certeza os grandes expedicionários e viajantes que chegavam ao Novo Mundo achavam mágico o hábito não só do uso da Nicotina tabacus, mas também da dança e todo o universo que envolvia o mundo indígena como, por exemplo, Cabeza de Vaca, Ulrich Shimidel ou até Cristóvão Colombo. E através destes viajantes, segundo relatos dos mesmos que o seu uso difundiu-se para a Ásia e para África, tendo em conta que no continente africano o uso da erva para a “defumação” era usada pelos Zulus e por muitas outras tribos do imenso continente. Onde faziam uso, por exemplo, da Jurema preta nos rituais do Catimbó, que ao vir para a América do Sul com escravos incorporou o uso do tabaco.
            Nos rituais indígenas o seu uso era com um único objetivo: de purificar o ambiente e se livrar de inimigos do corpo e da alma. A arte de fumar que se mistura com religião para os índios se torna no inicio do século XVII uma economia para os espanhóis. Onde dentro das famosas reduções guarani no Paraguai colonial se cultivava o fumo e era negociado com demais povoados do vice-reinado do Peru. Em aproximadamente um século o tabaco se expandiu para outras terras. Dentro deste contexto percebemos uma das milhares influências indígenas no cotidiano, hoje de todo o globo terrestre. Quando expedicionários levaram o fumo para a Europa o seu uso de principio foi criminalizado pela Igreja, que alegava ser coisa do demônio soltar fumaça pelo nariz e pela boca, assim como também no Brasil a erva mate foi criminalizada pelos jesuítas. Curiosidades a parte e dada a vastidão do tema apresentado discutiremos aqui o tamanho do prazer e contemplação que o cigarro representa para o homem e que tamanha é a socialização que o fumo pode proporcionar aos humanóides. Malinowski em sua fantástica obra “Argonautas do pacífico ocidental” descreve que fez amizades com os nativos através do tabaco, e esse é só um dos exemplos de socialização que o tabaco fez acontecer. E também é um forte referencial para pensarmos até onde chegou a arte dos índios. 
            Indígenas do tronco tupi-guarani usavam o tabaco de vários modos desde mascado, em pó e fumado. Fumar era o hábito restringido aos xamãs, os rezadores e por isso o uso era limitado para assim saberem qual era o melhor momento para a caça e para a colheita. Considerando toda a breve história do tabagismo, concluímos se assim pode dizer que a sabedoria indígena é divina, onde a arte ou até a religiosidade de fumar o tabaco não se confunde com o dito vicio da população atual, com seus sentidos muitas vezes sem sentido.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Visões sobre educação, esperança e realidade no contexto brasileiro

Por: Rafaela Delfina dos Santos de Souza


Hoje, estava eu mais uma colega do curso de letras fazendo um trabalho no laboratório de história da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), onde os cursos de licenciaturas dessa instituição têm algumas aulas ministradas em conjunto, o chamado eixo temático. Foi quando, não me lembro de onde, ela comentou sobre aquele quadro de reportagem da globo chamado “ Profissão Repórter ”.
O programa abordou sobre o cotidiano dos professores(as), dos traumas que eles sofrem. Logo ela começou a questionar se era aquilo mesmo que queria, se aguentaria tudo aquilo. Pois bem! Com toda a minha indagação interrompi, afinal temos que pensar diferentes, sabemos que não é fácil aguentar uma sala com mais de 30 alunos, alguns rebeldes por conseqüências que remetem à sua trajetória de vida, e que alguns apenas vão a escola para se alimentar, pois o Estado não cumpre de maneira eficaz com essa obrigação. Porém, espelham-se nos seus queridos professores (as) “chatos (as)”, e que por mais que eles se mostrem resistência no ato de aprender, os “pequenos pentelhos” (a maioria, meninas) pensam em serem professores (as), talvez porque eles queiram ensinar também. Pois em minha convicção não há nada mais belo do que mediar o processo do ensino aprendizado de uma forma horizontal, sempre respeitando o saber do aluno.
Quando era adolescente, pensava em ser qualquer coisa menos professora. Via os professores e professoras lecionando e pensava que não queria ficar “passando raiva”. Porém, conforme o tempo passou e com ele veio o amadurecimento pessoal, comecei a ver, o quanto é lindo você ensinar aquilo que sabe a alguém. Ver que o docente gosta de seus educandos (as), ao ponto de abraçar, dar um bom dia, feliz da vida (mesmo sabendo que esses estão com sono, ou que não querem estar presente na sala). Mas a figura do professor(a) está ali, querendo fazer com que ele não tire apenas boas notas e decorem, mas que eles saiam das classes com ideias que possam mudar seus hábitos, pensamentos, valores e costumes. Assim, com a presença carismática do professor(a), o aluno não só se espelha nele, mas também se emociona e se empolga com suas descobertas pessoais, tornando possível chegar em casa e falar “ mãe o professor fulano me EXPLICOU a História do Brasil”, sem a rotina de se utilizar de modo exaustivo, lousa ou livros didáticos, mas apenas o que se sabe, e explicar de um jeito que eles entendam, dando mais valor ao diálogo e à valorização do saber que o aluno traz de fora da escola, pois o ensinar não se faz  apenas nos bancos escolares, nem tampouco o saber é construído com regras metódicas. Pelo contrário, o ensinar também tem um aspecto cognitivo e está intrinsecamente relacionado às experiências de vida do sujeito, na medida em que o saber é construído pela descoberta resultante da curiosidade do aluno, curiosidade essa que deve ser estimulada pelo professor(a).
O professor (a) constrói o aluno e se você, futuro professor ou professora, for mais um que compõe o quadro dos profissionais acomodados com a situação, achando que não há jeito para a sociedade, e por consequência chegam em sala e mal dão um bom dia, enchendo a lousa de conteúdos que na visão do aluno são sem sentido, pois há falta de curiosidade, ou falta de relação entre o conteúdo e a realidade do sujeito, ou em termos mais populares, “enchendo  lingüiça”, não exija um aluno excelente e ideal, e sim alguém que daqui a dois anos não irá fazer diferença. Assim, você vai continuar com o seu método de ensino clichê, repetitivo? É meus caros, vamos fazer a diferença, ou pelo menos tentar, pois se o futuro do país e do mundo está nos bancos escolares. Eis uma grande contradição de nossa contemporaneidade, e essa pergunta, faço para minha querida colega de curso, à qual me referi no começo dessa descrição: Como falar em um mundo melhor, onde a solução estaria na educação, mas não valorizamos a profissão do docente, nem cobramos dos órgãos responsáveis tal atitude?